A concentração ideal de adrenalina tópica a promover hemostasia adequada sem toxicidade ainda é motivo de controvérsia. OBJETIVO: Comparar soluções tópicas de adrenalina em diferentes concentrações. DESENHO DO ESTUDO: Prospectivo, duplo-cego, seleção aleatória. MATERIAIS E MÉTODOS: 49 pacientes submetidos à cirurgia endoscópica nasal, divididos em 3 grupos usando exclusivamente adrenalina tópica, nas concentrações de 1:2000, 1:10.000 e 1:50.000. Comparou-se o tempo operatório, o sangramento, as concentrações plasmáticas de adrenalina e noradrenalina e a variação dos parâmetros cardiovasculares. RESULTADOS: O tempo operatório por procedimento foi menor no grupo que utilizou adrenalina 1:2000, assim como o sangramento (p < 0,0001). As concentrações plasmáticas de adrenalina subiram em todos os 3 grupos, porém mais no grupo que utilizou adrenalina 1:2000. Houve uma tendência de aumento dos níveis tensionais nos pacientes que usaram adrenalina 1:2000 e 1:10.000, com maior ocorrência de picos hipertensivos. Discussão: Os benefícios do uso da solução de adrenalina mais concentrada foram evidentes, principalmente em relação ao sangramento. A tendência de aumento dos níveis tensionais pode ter ocorrido por não termos utilizado técnica anestésica intravenosa exclusiva. CONCLUSÃO: Analisando os prós e contras, sugerimos o uso de solução de adrenalina tópica 1:2000; mais pesquisas que corroborem nossos achados são necessárias.
The ideal adrenaline concentration remains unknown. AIM: Compare topical adrenaline solutions in different concentrations. STUDY DESIGN: Prospective, double blind, randomized trial. PATIENTS AND METHODS: 49 patients divided in 3 groups underwent endoscopic sinus surgery, using only topical solutions of adrenaline in different concentrations (1:2,000, 1:10,000 and 1:50,000). We compared the duration of surgery, intra-operative bleeding, plasmatic levels of catecholamines, hemodynamic parameters and changes in heart rhythm. RESULTS: Surgery time was shorter in the group using adrenaline 1:2,000, which also showed less bleeding in all evaluations (objective and subjective - p < 0.0001). Plasmatic levels of epinephrine rose in all groups, more sharply in the 1:2,000 group. There was a trend towards elevation of blood pressure in the groups using adrenaline 1:2,000 and 1:10,000, with a greater occurrence of hypertensive peaks. DISCUSSION: We found a very significance bleeding difference favoring the 1:2,000. The blood pressure elevation in the 1:2,000 and 1:10,000 groups was progressive but very slow throughout the procedure, which could be associated with the anesthesia technique. CONCLUSION: We favor the use of topical adrenalin 1:2,000 due to a clear superiority in hemostasis. Further investigation is needed to corroborate our findings.